A ELEIÇÃO DE MARIA

 

 

 

               No nosso mundo cada dia mais secular a maioria das pessoas não pensa em Maria e só nos lembramos dela quando a vemos nos postais de Natal ou numa cena de Belém. Maria é uma das mulheres mais surpreendentes que jamais viveram.

                Era uma adolescente que vivia uma vida tranquila na pequena cidade de Nazaré, na Galileia. Era uma boa moça que aguardava o dia do seu casamento sem a mais remota ideia que a sua vida ia ter consequências eternas.

                Interrogo-me sobre o que estaria Maria a fazer quando o anjo veio vê-la. Estaria a fazer pão, a varrer a casa, a estudar as Escrituras, ou orando? Qualquer coisa que fosse, num minuto, um minuto muito especial, a sua vida mudou para sempre.

                Também o anjo foi especial. Gabriel, um arcanjo de alta categoria trouxe uma mensagem do próprio Deus. A mensagem que os judeus tinham estado à espera durante gerações era que o Messias os libertaria e os conduziria para uma eterna e gloriosa vitória.

                 Gabriel saudou-a e disse-lhe que não tivesse medo porque Deus estava agradado dela, e ia ter um bebé, uma criança que se chamaria Jesus e que seria Filho do próprio Deus. Que mensagem !

                  Não é de estranhar que Maria estivesse confundida, porque naqueles dias sabiam como se faziam os bebés ! Como pode ser isso ? pergunta ela. "Não estou casada". Note-se que ela não questiona a mensagem, mas sim o método.

                  Então o anjo disse-lhe que conceberia pelo poder do Espírito Santo, uma vez que a criança seria santa. Depois anuncia-lhe que a sua prima Isabel também tinha concebido apesar de já ter passado a idade para tal acontecer, porque "a Deus nada é impossível", concluiu Gabriel.

                  Considerando as consequências sociais e práticas emocionais que este anúncio trouxe, a reacção de Maria foi surpreendente em simplicidade e fé, porque aceitou as palavras de Gabriel com uma benevolência incrível: "Sou a serva do Senhor. Que se faça em mim o que acabas de anunciar". Eu pergunto a mim própria se estaria tão disposta…

                   Meses depois, quando estava prestes a dar a luz, Maria e José tiveram de viajar cerca de cento e doze quilómetros para sul, a Belém, para cumprirem a ordem do governo de se recensearem, viajando provavelmente com a ajuda de um burro sem nenhuma comodidade.

                    Além do mais, como encontraram todos os aposentos ocupados, tiveram de contentar-se com qualquer abrigo que encontrassem. E foi assim que nasceu o bebé de Maria numa cama de palha no interior de um casebre envolto em pedaços de pano. Não era o lugar mais saudável para que o Salvador prometido fizesse a sua entrada no mundo dos humanos. "Que estará Deus a fazer aqui"?, deve ter pensado ela.

                     Teria sido muito mais simples fazer isso 2000 anos depois, levada por uma ambulância para uma confortável maternidade sem nenhum estigma social dirigido às mães solteiras. Porém, Deus não entendeu que fosse assim. Planeou que Jesus nascesse ali e dessa forma. Não foi um erro, tudo fazia parte de um grande plano que era aguardado há milhares de anos. Era um plano divino que ainda hoje continua.

                      Maria teve de fazer a escolha e aceitar a sua parte no plano de Deus. Podia ter dito:

"De maneira nenhuma !". Mas como não o disse, Jesus nasceu. Por isso nós hoje também temos uma escolha.

 

 

 

 

 

 

 

                      Será o nascimento de Jesus só uma desculpa para esta festa de Natal? Para gastarmos muito em coisas que realmente não necessitamos? Para comer e beber mais do que devíamos ? Ou encontraremos algum tempo para pensar sobre o milagre do nascimento daquele bebé ?

                      A fé e a obediência de Maria permitiram que o Cristo menino entrasse neste mundo. Ele veio para mostrar a cada um de nós quanto nos ama, e quão grande é a parte que nos toca no seu plano divino. Ele trouxe com Ele a dádiva de amor definitivo para consumir a sua vida mostrando-nos como podemos alcançar o máximo para nós. Ele deixou para trás o tosco casebre de madeira e cresceu escolhendo uma rude cruz de madeira, e o sacrifício definitivo.

                        Deus não errou naquele primeiro Natal quando ofereceu a Maria aquela missão uma só vez em toda a eternidade. Ela escutou e obedeceu. Quando tudo parecia ao contrário do que devia ser, Maria confiou que Deus a guiaria e a ajudaria.

                         Isso é tudo o que Deus necessita de nós, nada surpreendente ou super inteligente, só a disposição de confiar Nele e acreditar que, mesmo quando não O possamos ver, Deus está a levar a cabo os seus propósitos.

                          A escolha de Maria mudou a sua vida, e em consequência disso o seu Filho mudou as nossas vidas para sempre. Faça a escolha por Jesus Cristo e viva a sua vida igualmente como o fez sua mãe Maria, para confiar e ter fé Nele.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Original: Bryony Wood, 11.07, "La elección de Maria"

Tradução: Manuel Morais, ll.07

 

 

Lucas 1:3

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